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22 Setembro - 18H - Cais do Sodré - Pelos transportes públicos de Lisboa Versão para impressão Enviar por E-mail
Sexta, 16 Setembro 2016 15:11

transp cartoonsO STML decidiu juntar-se à USL, FECTRANS e Comissão de Utentes Transportes de Lisboa/MUSP, na Acção de denúncia e protesto convocada para o próximo dia 22 de Setembro, pelas 18h, no Cais do Sodré, em defesa dos Transportes Públicos da cidade.

Durante 5 anos foi sempre para pior: aumentaram preços, reduziram a oferta, baixaram a fiabilidade. Os transportes públicos transformaram-se num caos, por culpa de um governo (PSD/CDS) que quis destruir todos os serviços públicos e transformá-los em negociatas à custa dos utentes e do Estado.

Faltam trabalhadores em todas as empresas, e sem trabalhadores nem andam comboios, nem autocarros nem barcos. Adiaram-se investimentos que não podiam ser adiados, como o alargamento da Estação de Arroios e a modernização da Linha de Cascais. Desinvestiu-se na manutenção, e é por isso que cada vez há menos barcos e comboios a circular. Deixam-se estações ao abandono e agora até os bilhetes vão deixar de ser vendidos nas máquinas porque não se tratou a tempo da modernização do sistema. Tudo isto fazia parte de um plano muito simples do anterior Governo: deixar degradar para poder privatizar.

Mas o actual Governo já leva quase um ano, e se é verdade que não prosseguiu a mesma política, antes pelo contrário fez questão de afirmar querer dinamizar os transportes públicos, não é menos verdade que no essencial tem-se limitado a fazer promessas, a adiar soluções urgentes e a desculpar-se com as pressões externas. E o sistema continua a degradar-se, e está mesmo a entrar em colapso.

É por isso que hoje dizemos: Estamos fartos de promessas e desculpas, queremos respostas urgentes! Respostas que podem ser dadas já, e devem ser dadas já. Respostas que acabem com os tempos de espera excessivos, com os preços abusivos, com a degradação da qualidade, da fiabilidade e da segurança. Queremos um sistema público de transportes públicos acessível e de qualidade, e vamos lutar por ele!

Exigimos que contratem os trabalhadores em falta, necessários para repor a oferta de transporte e para devolver qualidade ao sistema (e deixem-se de promessas: já em Março prometeram 30 novos maquinistas para o Metro, dos 45
que faltam, mas ainda não entrou um e estamos a acabar Setembro! E faltam trabalhadores comercais e na manutenção, e faltam trabalhadores também na Carris, na Transtejo, na Soflusa, na CP e na EMEF).

Exigimos que libertem as verbas necessárias para se fazer a manutenção dos comboios e dos barcos (e deixem-se de desculpas, que o Orçamento de Estado tem garantido o pagamento de todas as «swaps» e todas as «dívidas» aos bancos, também pode libertar as verbas muito inferiores necessárias à manutenção e acabar com o escândalo de estarem 18 (sim, dezoito!) comboios parados no Metro à espera de peças enquanto os utentes vão ouvindo desculpas sobre atrasos e anúncios de supressões ou circulações reduzidas).

Exigimos que avancem com os investimentos urgentes e inadiáveis em vez de prometerem uma e outra vez grandes investimentos para daqui a uns anos (lançar o concurso para o alargamento de Arroios pode não dar tanto mediatismo como as promessas de alargamento da rede, mas permitiria colocar a linha Verde a 6 carruagens e acabar com o inferno que aqueles utentes passam; e em Cascais não é possível continuar a adiar a modernização, ou o sistema ainda colapsa!)

E além destas medidas, urgentes e inadiáveis para inverter o rumo de destruição dos transportes públicos, é fundamental reduzir os custos brutais que os utentes hoje suportam, atraindo novos utentes para o sistema, o que só acontecerá se se melhorar a oferta e a qualidade!