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22 de Março - Greve Geral Versão para impressão Enviar por E-mail
Sexta, 09 Março 2012 17:12

logo_Greve_Geral_22_marco_2012Uma Greve Geral imprescindível para a derrota da política nefasta do governo!

A greve geral de 22 de Março surge como resposta imprescindível dos trabalhadores portugueses a um conjunto de medidas que o governo acordou com a UGT e com as confederações patronais. No seguimento deste acordo, as últimas propostas do governo, apresentadas à Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, da qual faz parte o STML, querem envolver igualmente os funcionários do Estado, isto é, os trabalhadores da administração central, local e regional, nomeadamente:

 

  • O fim às restrições no plano da mobilidade geográfica, podendo um trabalhador ser transferido compulsivamente para um local de trabalho, a centenas de quilómetros de distância da sua residência.
  • Articulação da matéria do ponto anterior, com a Lei da Mobilidade Especial.
  • Implementação do banco de horas, obrigando o trabalhador a trabalhar em dias de descanso sem qualquer compensação e sempre no “interesse dos serviços”.
  • Imposição aos trabalhadores do Estado de mais 4 dias de trabalho não remunerado, à semelhança do que pretendem realizar no sector privado. E por este caminho, também a redução do número de dias de férias estará na calha...
  • Tornar definitiva a medida que consta na Lei do OE 2012 sobre a suspensão do descanso compensatório, isto é, aplicar-se-ia para sempre.

Tornar igualmente definitivo a diminuição do valor do trabalho extraordinário até 50%, decisão do OE para 2012 mas que pode, segundo as intenções do governo, prolongar-se indefinidamente através da criação de legislação própria.

Este conjunto de medidas visa um único objectivo: criar as condições para a redução do número de trabalhadores da administração pública, em cerca de 30.000, objectivo do governo já tornado público.

Face a esta inaceitável arrogância e prepotência e dando seguimento aos sentimentos demonstrados inequivocamente no passado dia 11 de Fevereiro, naquela que foi a maior manifestação dos últimos 30 anos com mais de 300 mil trabalhadores, reformados, aposentados, desempregados e trabalhadores, a Greve Geral é o passo seguinte na luta que deve envolver todos os portugueses que têm suportado exclusivamente, o ónus de uma crise para a qual não contribuíram em nada , mas pela qual são chamados recorrentemente a pagar a sua factura!

Paralelamente, continuamos a verificar os desvarios dos efectivos responsáveis(sector financeiro)que continuam a obter sucessivos e indignos lucros e todos os benefícios e privilégios da parte do governo.

  • Com números de desemprego vergonhosos e impares na nossa historia, afectando mais de um milhão e duzentos mil portugueses!
  • Com números brutais de precariedade, afectando o presente e o futuro de milhões de jovens.
  • Com a destruição sistemática das funções sociais do Estado, negando direitos constitucionais, como o Direito à saúde, à educação, à segurança social ou à habitação.
  • Com a tentativa de destruir serviços públicos essenciais às populações, empurrando para a mobilidade especial e posteriormente para o desemprego, milhares de trabalhadores da administração pública, negando objectivamente o DIREITO ao trabalho!
  • Como é possível pagar os 35 mil milhões de euros de juros contraídos com o empréstimo à troika ou o próprio empréstimo se o país não cria riqueza!?
  • Com políticas de baixos salários e aumentos sucessivos de impostos, como é possível dinamizar a economia interna?


A RESPOSTA A TODAS ESTAS PERGUNTAS É APENAS UMA:
COM ESTA POLÍTICA O PAÍS NÃO AVANÇA!


No Município de Lisboa, o executivo camarário continua a sua política de esvaziamento e desinvestimento de importantes serviços municipais. Verifica-se a degradação das condições de trabalho, o desrespeito pelo perfil profissional de assistentes operacionais, assistentes técnicos e técnicos superiores. Mantêm-se as mudanças abruptas de serviços e trabalhadores, no âmbito do processo da reorganização de serviços que parece não ter fim . Desvalorizam-se e desprezam-se, vontades e competências respectivamente, de dezenas de trabalhadores naquilo que foi apelidado de “bolsa de preferências”!

Corta-se no trabalho extraordinário sem ter em consideração a consequente degradação do serviço que é prestado à cidade e à população de Lisboa.

A Greve Geral de 22 de Março tem uma importância maior para a derrota desta politica criminosa e todos a devemos encarar como a greve geral dos trabalhadores portugueses, a greve geral como sinónimo da luta por melhores condições de vida e de trabalho, por um Portugal com futuro!

É PRECISO DIZER BASTA!