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13 MARÇO - GREVE Nacional da Administração Pública Versão para impressão Enviar por E-mail
Sexta, 27 Fevereiro 2015 15:25

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Pré-aviso de greve 13 de Março aqui!

 

Na Câmara Municipal, nas Juntas de Freguesia

ou nas Empresas Municipais,

13 de Março, das 00h00 às 24h00.

 

Não é novidade para nenhum trabalhador da administração pública, seja da administração central, regional ou local, que temos sido o principal alvo de uma política errada e injusta que nos tem martirizado ao longo dos últimos anos e em particular desde que este governo entrou em funções.

Perdemos ¼ do nosso poder de compra, através de reduções nos salários, que de transitórias passaram a definitivas, e que de definitivas passaram a inconstitucionais, apesar das estratégias persistentes, mais ou menos ilegais do governo, em mascarar e eternizar o roubo a que temos sido sujeitos e aos quais se deve associar o aumento de impostos, que mantém a sua carga brutal para 2015.

Observamos ainda a diminuição indireta dos nossos rendimentos, pelo congelamento das progressões nas carreiras, seja qual for a avaliação obtida e o número de pontos acumulados através do SIADAP, sistema de avaliação que foi criado para travar a progressão nas carreiras, à grande maioria dos trabalhadores. Outra forma de redução dos nossos rendimentos, verifica-se no corte para metade em relação ao valor considerado na lei, no pagamento do trabalho extraordinário.

Não esquecemos o roubo de três dias de férias, que acumulam com os feriados extintos, obrigando a mais trabalho e menos rendimento. Também não descansamos enquanto não forem publicados os ACEPs assinados, garantindo as 35 horas semanais e travando o projeto do governo que, mais do que uma obsessão, materializa um retrocesso civilizacional inadmissível.

São muitos os problemas que este governo tem causado aos trabalhadores da administração pública, mas também às populações de norte a sul do país. A destruição mais ou menos acelerada de serviços públicos tem degradado a qualidade de vida a milhares de famílias portuguesas. Negam-se direitos constitucionais na área da saúde, da educação ou da segurança social.

Numa estratégia bem articulada e consciente, o executivo de Passos & Portas avança na destruição paulatina dos serviços públicos, justificando posteriormente a necessidade da sua privatização. Falamos de áreas de interesse públicos essenciais, como a limpeza urbana e a recolha de resíduos sólidos, o espaço público, a água, depois de já terem encerrado centros de saúde, serviços de urgência, repartições de finanças, estações dos correios (com os CTT já privatizados), entre muitos outros.

Mas este governo não fica por aqui! Nos últimos três anos, "empurraram" para fora da administração pública mais de 60 mil trabalhadores, aos quais querem somar em 2015, mais 12 mil através da mobilidade especial/requalificação, instrumento que disfarça, no essencial, o efetivo despedimento.

Sem trabalhadores não há serviços públicos que resistam, elemento ao qual se deve conjugar o permanente desinvestimento em condições de trabalho dignas, desrespeitando inclusive as disposições legais sobre saúde e segurança no trabalho, constatação que é por demais evidente nos locais de trabalho do município de Lisboa!

É impossível o desenvolvimento sério e consequente do nosso país sem valorizar os trabalhadores da administração pública, indissociável da existência de serviços públicos de qualidade, eficientes e acessíveis a todos, independentemente da condição económico-financeira de cada um.

Nos discursos do governo podemos ouvir uma pretensa retoma, a saída da crise, a melhoria das nossas condições de vida…Mentem sem pudor e sem vergonha como a realidade do dia-a-dia nos demonstra indesmentivelmente.

Dia 13 de Março, fazemos greve contra esta política arbitrária e injusta! Fazemos greve porque estamos fartos de ser espezinhados em função dos interesses de uma minoria cada vez mais ínfima! Quem se pode esquecer do BPN, BPP, BPI, BANIF e agora do BES. Fazemos greve porque não aceitamos que nos roubem, além de direitos e salários, a nossa dignidade!

 

Pelos nossos direitos e pelo nosso futuro,

pela nossa cidade e pelo nosso país!

Com. 6/2015

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