Valorizamos a inauguração do novo Centro de Psicologia da CML, mas não esquecemos outros problemas que continuam por resolver. Versão para impressão
Sexta, 23 Outubro 2015 11:18

psicologiaCMLHoje, dia 23 de Outubro, foi inaugurado um novo Centro de Psicologia da Câmara Municipal, depois das obras que ai tiveram lugar de ampliação e melhoramento, que o STML e os trabalhadores há muito tempo exigiam.

Perspetiva-se assim, não só melhorar as condições de trabalho e de resposta dos profissionais que ali exercem a sua atividade, mas também criar melhores condições de acolhimento e acompanhamento a todos os trabalhadores da CML que a estes serviços recorrem.

Estamos perante uma área de intervenção que, como todos reconhecemos, é essencial e determinante à qualidade de vida dos trabalhadores, não esquecendo contudo que integra um dos serviços mais depauperados desta autarquia, a Medicina e Sinistros de Trabalho, sob a direção do Departamento de Saúde, Higiene e Segurança (DSHS).

O STML há anos que vem reivindicando a melhoria destes serviços, seja pelo recurso a novas contratações de pessoal especializado (médicos, psicólogos, enfermeiros, etc...), seja pelo investimento na melhoria de condições de trabalho para quem atende e para quem, aqui, é atendido. Realidades obviamente indissociáveis.

Certo é, que as obras agora realizadas de alargamento e consequente melhoria do Centro de Psicologia, responde positivamente a algumas dessas mesmas reivindicações, e por isso mesmo não podemos deixar de as valorizar. Sabemos que o resultado agora alcançado, é também consequência da luta travada nos últimos anos pelos respetivos trabalhadores e pelo seu sindicato, o STML.

Contudo, muitos e graves problemas persistem. Apesar das crescentes insuficiências no acompanhamento e recuperação aos acidentados do trabalho, nas suas várias dimensões e realidades vivenciadas, a CML continua ainda muito longe de mostrar a sensibilidade necessária à resolução efetiva deste tipo de problemas, que demasiadas vezes constrangem duramente a vida e o equilíbrio familiar de centenas de trabalhadores, em alguns casos de forma irreversível.

Ao sindicato continuam a chegar todas as semanas, reclamações de trabalhadores do município que não têm da parte do DSHS e dos seus responsáveis máximos, políticos e hierárquicos, o melhor acompanhamento, o melhor tratamento, a melhor palavra e atenção. Nos casos onde o drama da situação vívida, é real e objetivo, estes trabalhadores sofrem duplamente com a falta de resposta aos seus problemas e anseios, sejam eles de natureza física e/ou psíquica. Óbvia e naturalmente, falamos e defendemos uma recuperação cuidada mas também célere, atenciosa, mas também competente e eficiente, algo que há muito tempo, está longe infelizmente de acontecer.

O STML continuará a reivindicar o respeito pelos direitos e pela dignidade dos trabalhadores acidentados. A vida destes trabalhadores, obrigados a recorrer a operações e tratamentos complexos face à gravidade das suas lesões, conduzindo-os por um caminho árduo de um longo recobro, não pode ter como bitola uma mera folha de Excel ou um fugaz algoritmo.

 

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