Exigimos respostas aos problemas que afetam os trabalhadores dos cemitérios Versão para impressão
Quinta, 12 Abril 2018 11:43

foto de capa- STML reúne com a Direção Municipal da Estrutura Verde, do Ambiente e Energia (DMEVAE) -

 

No passado dia 10 de Abril o STML reuniu com o Director Municipal da DMEVAE, estando também presente a Chefe da Divisão de Gestão Cemiterial (DGC). Vários foram os assuntos debatidos, destacando-se o seguinte:

 

Instalações e condições de trabalho


1. Face aos problemas existentes nos sete cemitérios, fomos informados do plano geral de intervenções previstas sucederem durante o atual mandato (até 2021). Consideram-se prioritários os cemitérios de Benfica e Carnide.


2. No primeiro caso perspetiva-se construir de raiz um novo edificado, ao qual se conjugará a instalação de uma nova rede elétrica (plano previsto ser concluído apenas em 2019). A DMPO tem neste momento o projeto a seu cargo, tendo que ser articulado com a EDP a questão eléctrica.


3. Em Carnide, a recuperação e ativação do refeitório e a instalação de um sistema AVAC (face aos problemas de climatização) são assuntos prioritários.


4. Em termos gerais e já envolvendo todos os cemitérios – Alto de São João, Lumiar, Olivais, Ajuda e Prazeres – estão equacionadas um conjunto de intervenções (envolvendo os edifícios dos administrativos, espaços de refeições e de lazer, balneários, fornos) a vários níveis que procuram melhorar as atuais condições de trabalho, mas também permitir melhores condições de acesso e um melhor serviço público junto dos munícipes.


Fardamentos, Equipamentos de Proteção Individual e Formação


1. Referem terem em 2017 distribuído por todos os trabalhadores os vários itens nestas duas dimensões. Contudo, o STML referiu existirem problemas (de qualidade deficitária) com as botas ou os fatos de água, matérias que irão avaliar procurando as melhores soluções.


2. Sobre os materiais imprescindíveis à saúde e segurança dos trabalhadores, nomeadamente de máscaras próprias (obrigatórios em determinadas tarefas pelos materiais e gazes tóxicos), observam algumas limitações, mas assumem a necessidade de estabilizar a formação nesta área responsabilizando também os próprios trabalhadores da importância do seu uso.


3. Referem que irão envolver o DSHS e os RdT's sobre os futuros processos de aquisição, sensibilização e formação neste campo.


4. A DGC assumiu que tem em perspetiva um plano de formação próprio objetivando a operacionalização das novas máquinas.


Equipamentos mecânicos


1. Referem terem adquirido quatro elevadores de urnas, estando neste momento operacionais apenas dois (um no Alto de São João e outro em Benfica). Os restantes aguardam a chegada dos materiais que carecem de forma a funcionar em segurança e com eficiência.

2. Comunicaram o trabalho em curso sobre um protótipo (máquina) que procurará resolver os problemas envolvendo os trabalhos no interior dos jazigos, não referindo porém um prazo certo para a sua experimentação.

3. Perspetivam adquirir mais um guincho móvel (neste momento só existe um para todos os cemitérios) que facilite o acesso dos trabalhadores-coveiros às urnas.

 

Reforço do número de trabalhadores


1. O STML alertou para a necessidade de alargarem o número de vagas existentes nas várias categorias e carreiras, destacando a categoria de coveiro. Fomos informados que este trabalho está a ser feito junto da DMRH.

2. Informaram ainda que irão esgotar a reserva de recrutamento do concurso concluído em 2017. Haverá um reforço de 6 trabalhadores, número claramente insuficiente, motivo pelo qual se justifica a abertura, segundo o Sindicato, de um novo concurso para assistente operacional-coveiro que contemple reserva de recrutamento (considerando inclusive que nos próximos dois anos espera-se a aposentação de cerca de 10 trabalhadores).

3. Concordando com o STML, apontam a necessidade de abertura de concurso de promoção para Encarregados, considerando a carência também nesta área que atualmente se verifica. Para o STML deverá existir um encarregado, no mínimo, por cemitério. Em Benfica e no Alto de São João justificam-se pelo menos dois. Deverá igualmente existir um ou mais encarregados para os crematórios.

 

Outras questões

 

  •  Informaram que já renovaram cerca de 70% do parque informático dos cemitérios, com especial atenção para os postos de trabalho implícitos ao atendimento aos munícipes.

  •  Assumem disponibilidade para manter e reabrir os refeitórios dos Olivais e do Carnide (estando este último necessitado de trabalhadoras-cozinheiras), afirmando contudo que este assunto tem que ser articulado com os Serviços Sociais da CML (atualmente responsável pela gestão e contratação de cozinheiros para os refeitórios municipais) e a CML (que disponibiliza as verbas para a concretização destas responsabilidades). Uma articulação que até este momento tem revelado algumas deficiências que interessa superar. Para o STML, a CML deve reverter a decisão de externalizar a gestão dos refeitórios municipais, criando e proporcionando condições dignas a quem trabalha e deve usufruir destes equipamentos, isto é, os trabalhadores do município!

O STML irá continuar a acompanhar os problemas que afetam os trabalhadores dos cemitérios de Lisboa, estando neste momento a construir o respetivo Caderno Reivindicativo. Unidos, informados e esclarecidos, somos e seremos sempre mais consequentes. Sindicaliza-te no Teu, no nosso Sindicato, o STML!