Greve: Saudação Versão para impressão
Quinta, 11 Março 2010 14:02

Greve 4 de MarçoApós os excelentes resultados que se verificaram no Município de Lisboa, na adesão à greve do passado dia 4 de Março, o STML saúda os milhares de trabalha­dores da Câmara Municipal de Lisboa que, neste dia, mostraram a sua insatisfação e indignação face às intenções do actual governo no congelamento dos salários, no agravamento das condições da aposenta­ção e no continuar da aplicação da legislação mais gra­vosa para os trabalhadores da administração pública, criada no âmbito da reforma da mesma pelo governo PS de Sócrates.

O STML integrado na Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública reafirma, enquanto estrutura activa desta frente sindical, os números apresentados da adesão à greve. No Município de Lisboa, a ade­são flutuou entre os 70% e os 95% consoante os serviços envolvidos.

 

Valorizar a adesão histórica dos trabalhadores do Edifí­cio Central do Campo Grande, nomeadamente, do Atendimento, da Metrologia, do Regimento de Sapado­res Bombeiros, do Departamento de Desporto, do Departamento de Modernização Administrativa e Ges­tão de Informação (DMAGI), sem deixar de valorizar igualmente, o espírito de luta demonstrado mais uma vez pelos trabalhadores da limpeza urbana (cantoneiros e condutores,) e de muitos milhares de trabalhadores de outros serviços, é uma constatação simples e objectiva que nos deixa a TODOS extrema­mente satisfeitos e orgulhosos.

Contudo, o STML alerta para a importância de não ficarmos unicamente presos e limitados à discussão dos números como o governo, por norma, prefere.

Esta opção e estratégia dos membros do governo só visa um objectivo: desvalorizar as justas reivindica­ções que estiveram na origem da marcação desta greve. Falamos do congelamento dos salários até 2013, do agravamento das condições da aposentação, da manu­tenção do SIADAP (um sistema de avaliação injusto, arbitrário e castrador) dos mapas de pessoal como ins­trumento de redução de efectivos na administração pública, da nefasta Lei da Mobilidade Especial, da Lei das Carreiras, Vínculos e Remunerações que mais não é do que a destruição da perspectiva de progressão na carreira com a simultânea generalização da precarieda­de. Falamos ainda das possíveis consequências da introdução do mapa de pessoal e da reorganização dos serviços da autarquia, que fazem antever, uma vez mais e à custa dos direitos dos trabalhadores e da destruição do seu posto de trabalho, a linha defendida pelo PS que nos (des) governa, a de melhor Estado, menos Estado. Atacando os trabalhadores do sector público atacam­se os próprios serviços públicos, deixando­os à mercê do sector privado e à sua gula pelo lucro.

Combater estas políticas é o único caminho que nos resta face à arrogância e prepotência que o governo de Sócrates insiste em demonstrar e que, inclusive o levou a perder meio milhão de votos em Setembro último.

Depois da grandiosa manifestação do dia 5 de Feve­reiro com mais de 50 mil trabalhadores na rua e da elevada adesão à greve do dia 4 de Março, a luta tem que continuar!

A razão está do nosso lado!