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27 de Junho é dia de Greve Geral Versão para impressão Enviar por E-mail
Quinta, 20 Junho 2013 09:53

Governo RuaA política deste governo não serve os interesses do país e muito menos dos trabalhadores portugueses! A atividade económica está em queda há muitos trimestres consecutivos. Há mais de 30 anos que se não observava uma recessão económica tão intensa no país. Só no 1º trimestre deste ano a atividade económica diminuiu 4% do PIB.

A quebra brutal dos salários e o aumento galopante do custo de vida é mais evidente no seio dos trabalhadores da Administração Pública: depois de uma década de quebras constantes dos salários reais (com exceção de 2009, ano de eleições), os salários foram de novo congelados em 2010, diminuíram 5% em 2011 e 12% em 2012.

Os enormes sacrifícios impostos aos trabalhadores e ao povo não resolveram nenhum problema do país e estão a destruir a vida das familias portuguesas!

A Greve Geral de 27 de Junho é uma resposta inequívoca contra as intenções do Governo em aumentar o horário do trabalho da administração pública para 40 horas/semanais, como teto mínimo, justificado pelo argumento falacioso em querer nivelar [por baixo!] com o sector privado, em que as 40 horas são o limite máximo. Além deste retrocesso histórico que nos querem impor, pretendem avançar com o despedimento de milhares de trabalhadores, seja através da mobilidade especial, agora transformada cinicamente em requalificação, ou através das rescisões amigáveis, um instrumento criado para mascarar a intenção de facto: o despedimento!

Em 2013, o governo prosseguiu o roubo inconstitucional dos subsídios de férias e natal aos trabalhadores em funções públicas, assim como decidiu aumentar o desconto para a ADSE, para 2,25%, a partir de Julho, sofrendo este novo aumento para 2,5 %, a partir de Janeiro de 2014.

Para 2014, o Governo prepara já a tabela única salarial para a administração pública que, a ser implementada, implicará a redução dos salários e das pensões de milhares de trabalhadores. Estamos de facto perante um governo que não tem limites! Um governo ilegítimo e ilegal que persegue, cego e intolerantemente, os seus objetivos de desmantelar os serviços públicos, destruir as funções sociais do Estado, além de condenar ao desemprego e ao empobrecimento generalizado milhões de portugueses. Este governo só tem um caminho: o caminho da rua! A sua demissão é uma urgência nacional pelo bem dos portugueses e do futuro do país!

A GREVE GERAL é também uma resposta ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa confirmando a disponibilidade dos trabalhadores em lutar pelos seus direitos e pelos seus postos de trabalho. Num momento em que iniciam as negociações sobre a transferência de competências para as juntas de freguesia, é fundamental dar força ao sindicato que, legitima e maioritariamente nos representa. Só com a força da nossa luta garantimos a defesa dos nossos interesses e aspirações!

A GREVE GERAL é a resposta necessária para derrotarmos este governo e esta política!

  • As políticas do “ajustamento” imposto pelo “memorando das tróicas” produziram 300 mil desempregados;
  • Só no 1º trimestre deste ano foram destruídos 101 mil empregos;
  • Antes do final do ano a taxa de desemprego ultrapassará os 20%;
  • Mais de metade dos desempregados não recebe qualquer subsídio;
  • Mais de dois milhões de portugueses sobrevivem com rendimentos abaixo do limiar de pobreza;
  • São cada vez mais os portugueses que não têm outra alternativa senão emigrar.

Ao contrário do que nos querem fazer acreditar, em torno da tese das inevitabilidades, existem alternativas à política desastrosa em curso. Só por mera opção política é que não se assumem outros caminhos que evitam a institucionalização dos sacrifícios sobre os mesmos de sempre. A CGTP-IN tem insistentemente apresentado essas mesmas alternativas, propostas no plano da redução da despesa e do aumento da receita que resolvem os problemas do país! A sua concretização depende exclusivamente da demissão deste governo e na convocação de eleições antecipadas, dando voz aos portugueses.

CGTP-IN tem propostas para combater a exploração e o empobrecimento:

AUMENTAR AS RECEITAS:

  • Criação de uma taxa de 0,25 sobre as transações financeiras.
  • Criação de um novo escalão na taxa de IRS.
  • Tributação adicional dos dividendos dos grandes acionistas.
  • Contribuição extraordinária sobre os lucros das grandes empresas e grupos económicos.
  • Recuperação de encargos com o BPN.
  • Combate à fraude e evasão fiscal.

CORTAR NAS DESPESAS PARASITÁRIAS:

  • Nos juros da dívida (só em 2013, os portugueses vão pagar 8 mil milhões).
  • Nas parcerias público-privadas e nas rendas excessivas no sector da energia (cartelização dos preços nas empresas de eletricidade e combustíveis).
  • Na eliminação de isenções e benefícios fiscais aos grupos económicos e financeiros.

Com estas medidas, é possível ir buscar o dinheiro onde ele existe, ao grande capital económico e financeiro, e não aos bolsos dos trabalhadores e do povo. O Estado pode arrecadar, em 2013, uma receita superior a 10 mil milhões de euros e deixar de pagar uma despesa de idêntico montante.

 

Constrói e garante o teu futuro, lutando no presente!

Dia 27 de Junho, fazemos Greve Geral!

CONCENTRAÇÃO, ROSSIO, ÀS 14H30