Celebramos e lutamos nos 45 anos da Revolução de Abril! Versão para impressão
Segunda, 22 Abril 2019 13:50

Foto 25 Abril- 15h00 no Marquês de Pombal -

 

A Revolução de Abril foi, é e será sempre sinónimo da luta dos trabalhadores e do povo português. Durante 48 anos, Portugal foi sujeito a uma ditadura fascista encabeçada por António Salazar e Marcello Caetano. Um regime inspirado no modelo fascista italiano e no nazismo alemão, que impos a pobreza e a fome no seio da imensa maioria do povo; que banalizou a perseguição, tortura e morte dos opositores ao fascismo; que alimentou a exclusão e a discriminação; que assumiu a guerra como bandeira obrigando à emigração massiva de milhares de portugueses.


A resistência e luta contra a ditadura, suportada pelos grandes grupos económicos (industriais e latifundiários), durou quase meio século. Tratou-se da mais longa ditadura da Europa. Porém, porque baixar os braços nunca foi solução para os que aspiravam alcançar a liberdade e democracia, a 25 de Abril de 1974, na aliança entre o Movimento das Forças Armadas (MFA) e o povo, dá-se a revolução que importa um novo alvorecer.


Do processo revolucionário, resulta uma nova Constituição da República Portuguesa (CRP). Os portugueses alcançam importantes direitos, liberdades e garantias, negados à imensa maioria durante a ditadura. A partir de 25 de novembro de 1975, inicia-se o denominado período contrarrevolucionário que dura até aos dias de hoje, com claros prejuízos para quem aspira a uma vida melhor.

Das premissas do texto constitucional, à realidade do dia-a-dia, os trabalhadores têm enfrentado dificuldades acrescidas. A negação do direito ao trabalho e ao trabalho com direitos, a salários dignos, à estabilidade e segurança no emprego ou à aposentação, é uma realidade inegável. Também o acesso às funções sociais do Estado (saúde, educação, proteção e segurança social), como a CRP consagra, tem sido fortemente diminuído. Em suma, estamos perante uma realidade construída ao longo de várias décadas pelos partidos do 25 de novembro (PS-PSD-CDS) no objetivo em desvirtuar as conquistas de Abril.

Celebramos o 45.º aniversário da "Revolução dos Cravos". Por tudo o que desejamos, por tudo o que paulatinamente nos foi retirado, importa unir vontades e esforços e fazer da luta organizada, consciente e determinada o caminho que melhor defende os direitos e os interesses de quem trabalha.

Este redobrar da luta é ainda mais necessário quando, estando a chegar ao fim do mandato, se torna óbvio que o Governo PS falhou, por opção, na tomada de medidas cruciais à melhoria das condições de vida, tanto pessoal como profissional, dos trabalhadores. No campo da valorização salarial, são por demais evidentes as opções deste Governo.

É urgente um esforço coletivo para assegurar uma política alternativa que garanta justiça na distribuição da riqueza; valorize o trabalho e os trabalhadores; invista na produção nacional; devolva ao Estado o controlo de sectores estratégicos; defenda e promova serviços públicos de qualidade; invista na Saúde, Educação, Justiça, Cultura e habitação; e assuma a regionalização como uma alavanca para a coesão social e territorial do País.

Para celebrar a "Revolução dos Cravos" e o que ela representa para todos nós, as comemorações populares estendem-se um pouco por todo o território nacional. Em Lisboa, realizar-se-á o desfile do Marquês de Pombal aos Restauradores pela avenida com o nome de uma maiores conquistas de Abril, a Liberdade! Lá estaremos!

 

25 de Abril SEMPRE! Fascismo nunca mais!

 

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