31 Março - Manifestação Nacional Jovens Trabalhadores Versão para impressão
Quinta, 24 Março 2022 15:56

Manifestacao Nacional jovens trabalhadores

Concentração às 14h30 no Campo das Cebolas

 

Para os jovens trabalhadores no início da vida ativa, as aspirações em contruir uma família, adquirir habitação ou mesmo uma viatura, são projetos perfeitamente legítimos. Quem não os teve quando era jovem?

Porém, a realidade que marca o nosso país impossibilita em grande medida que muitos jovens trabalhadores ousem sequer pensar nestes sonhos. A prática de baixos salários, associada demasiadas vezes a um vínculo precário, suspende e rejeita qualquer perspetiva de estabilidade e segurança que permita a concretização de um projeto de vida comumente aceite como normal.

Apesar de ouvirmos da boca dos responsáveis políticos do país, que os jovens são o futuro e sem futuro não há país, a verdade é que das palavras aos atos, há um abismo que os separa.

O contexto pandémico que tem marcado o nosso país nestes dois últimos anos demonstrou com demasiada evidência serem os jovens os primeiros a ser despedidos; os primeiros a ser chantageados com mudanças de horários de trabalho que os prejudica nas suas dinâmicas pessoais e familiares; os primeiros a serem-lhes negado perspetivas de carreira e de futuro porque “têm tempo…” (?!).


Na cidade de Lisboa, a precariedade afeta principalmente os jovens trabalhadores na realidade que diz respeito às juntas de freguesia. Muitos são aqueles que, ocupando postos de trabalho de caráter permanente, têm porém um vínculo precário. Situação inadmissível que deve ser combatida, com organização e luta, exigindo acima de tudo a integração destes trabalhadores no mapa de pessoal com a celebração de um contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado.

Na Câmara Municipal, sobrecarregam-se os jovens, envelhecendo-os antes do tempo, para além do empobrecimento a que são sujeitos, mesmo trabalhando, face aos salários de miséria que recebem. O trabalho extraordinário surge demasiadas vezes como única solução para complementar parcos rendimentos, sabendo que mais horas no trabalho corresponde inevitavelmente a menos horas de descanso e menos tempo para a vida pessoal e familiar.

Pelo direito a uma vida estável, com direitos e salários dignos, dia 31 de março, saímos à rua, com a força e a determinação de quem constrói e garante de facto o futuro.

 

O STML colocou pré-aviso de greve das 13h00 às 21h00 para todos os trabalhadores até aos 35 anos inclusive, de forma a permitir a sua participação na manifestação convocada pela Interjovem/CGTP-IN.

 

Aos jovens trabalhadores da Câmara Municipal, das Juntas de Freguesia e das Empresas Municipais de Lisboa, 31 de março é dia LUTA!

 

Pela nossa vida, pelo nosso futuro!

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