STML reúne com o Governo que nada adianta sobre as reivindicações dos bombeiros.
A 27 de setembro, o STML reuniu com o Governo representado pelo seu Secretário de Estado da Proteção Civil (SEPC) e o seu Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território (SEALOT). Nesta reunião, também estiveram presentes outras estruturas sindicais, nomeadamente o STAL, o SNBS, o SNBP o SINTAP e o SPC.
O Governo comunicou que está a preparar uma proposta de regulamentação da carreira de Bombeiro Sapador, aguardando, nesta fase, pelos contributos de alguns Ministérios. Em relação aos problemas que afetam o setor e os Bombeiros Sapadores, o SEALOT não avançou com nenhuma proposta concreta visando dar resposta às justas reivindicações dos trabalhadores, nomeadamente sobre progressões e promoções, ou o sistema próprio de avaliação, os subsídios, a temática em torno do desgaste rápido ou da idade de reforma. Afirmou ainda, que o objetivo do Governo, para esta revisão da regulamentação, passa pela valorização da carreira, tornando-a mais atrativa.
Contudo, continuamos a lamentar que, à semelhança dos últimos anos, o Governo não se comprometa seriamente com a resolução de um vasto conjunto de reivindicações dos Bombeiros Sapadores afetos às autarquias Locais.
Não obstante os problemas de ordem estrutural quando o tema é a carreira dos Bombeiros Sapadores e independentemente da discussão do Orçamento do Estado, o STML fez questão de salientar que, no imediato, o Governo pode e deve responder a duas reivindicações que o Sindicato e os Bombeiros do RSB têm colocado, ou seja, a reposição dos 52€ da valorização que o anterior Governo atribuiu à maioria dos trabalhadores da administração pública, excluindo, porém, os bombeiros. Esta revindicação, considera ainda os retroativos a janeiro de 2023, bem como a reposição do pagamento do acréscimo de 100% do trabalho prestado em dia feriado, tal como é pago aos restantes trabalhadores do setor público.
Relembramos que o STML, indo de encontro à enorme insatisfação, mas também disponibilidade para a luta demonstrada pelos trabalhadores deste setor de atividade, decidiu uma greve para o período de 1 a 13 de outubro. Face às respostas que o Governo não concedeu nesta reunião, a greve irá prolonga-se até dia 31 de outubro. Se esta postura se mantiver, a greve será assumida até ao fim do mês de novembro, numa luta que se pretende de âmbito nacional e que terá na primeira quinzena deste mês, uma manifestação com os bombeiros profissionais de norte a sul do país.
O Governo deve de uma vez por todas responder objetivamente às reivindicações dos Bombeiros Sapadores. Se tal não suceder, a luta irá continuar, inevitavelmente!