O Conselho de Administração (CA) da GEBALIS, uma vez mais, decidiu unilateralmente o aumento dos salários para este ano, limitando-se a reproduzir, obedientemente, aquilo que o Governo determinou para a Administração Pública. Ou seja, decidiu um aumento de 57€ para vencimentos até 2.620€; e um aumento de 2,15% acima desse valor.
Recorde-se que, em relação a 2025, os trabalhadores da GEBALIS, em Plenário, decidiram propor uma subida de 15%, com um mínimo de 150€ para todos os níveis da tabela salarial.
O STML e o STAL apenas tiveram conhecimento do facto consumado através dos próprios trabalhadores que, no regresso à atividade após a quadra festiva, foram confrontados com a publicação da tabela salarial de 2025 na intranet da empresa.
A decisão do CA da GEBALIS, além de ignorar a realidade de perda de poder de compra acumulado ao longo de vários anos pelos profissionais da GEBALIS e as especificidades de uma empresa municipal, evidencia um total desrespeito pelo Acordo de Empresa (AE), celebrado com o STML e STAL a 15 de setembro de 2017, e uma flagrante falta de consideração pela proposta dos trabalhadores.
Na reunião que teve lugar no passado dia 17 de dezembro, a mesma Administração comprometeu-se a analisar a proposta de aumentos salariais aprovada pelos trabalhadores e a avançar com uma contraproposta até ao fim de dezembro de 2024. Contudo, até à presente data, não fomos oficialmente informados de qualquer decisão sobre esta matéria.
Respaldados no que determina o AE da GEBALIS, não nos cansaremos de exigir um verdadeiro processo negocial. O facto de o CA sentar-se à mesa com os sindicatos não faz disso uma negociação. A verdade é que, apesar da realização de reuniões, os administradores da empresa não têm feito qualquer tentativa de aproximação, por mais ténue que seja, aos valores salariais reivindicados pelos trabalhadores, que são sistematicamente colocados perante factos consumados e decisões finais.
Ainda no âmbito da almejada negociação, constam ainda matérias como o pagamento do passe de transporte metropolitano e a atualização do valor do suplemento de insalubridade, penosidade e risco, tendo em conta a taxa de inflação, sobre as quais continuaremos a exigir respostas de acordo com as expectativas e os direitos dos trabalhadores.
Por último, ainda durante este mês de janeiro, ambos os Sindicatos realizarão um novo plenário geral para debater com os trabalhadores os melhores caminhos à defesa das suas condições de vida.
