Perante o desrespeito do Executivo da Junta de Freguesia da Misericórdia perante as reivindicações e os seus direitos, os trabalhadores-cantoneiros, nos plenários realizados pelo STML, decidiram avançar com um dia de greve para 14 de outubro. A luta dos trabalhadores não desarma!
Depois de mais de um ano a colocar um conjunto problemas com o seu sindicato, da entrega do abaixo-assinado, num plenário com deslocação à sede da Junta a 29 de abril, e da Presidente do Executivo continuar a assumir uma postura de desvalorização das suas reivindicações, os trabalhadores da limpeza urbana cansaram-se de esperar por respostas e irão realizar uma Greve que tem como objetivos:
- Exigir o pagamento dos suplementos de caráter permanente durante 12 meses e a sua inclusão em ACEP a celebrar com o STML – Suplemento de Insalubridade e Penosidade (SIP), com retroativos a janeiro de 2021 e suplemento por trabalho prestado no período noturno, com retroativos a março de 2014;
- Exigir a conclusão do concurso para admissão de trabalhadores na função de cantoneiro, a contratação de mais trabalhadores e o investimento em mais e melhores meios mecânicos que permita o reforço da capacidade necessária para o serviço público de Higiene Urbana;
- Exigir a rápida distribuição de novos fardamentos, em número e qualidade suficientes;
- Exigir as intervenções necessárias para a melhoria das condições no Posto de Limpeza da Rua Eduardo Coelho e no novo Posto de Limpeza da Av. 24 de julho, que respeitem as condições de saúde e segurança no trabalho dos cantoneiros afetos a estas instalações.
O Executivo da Misericórdia pode e deve respeitar os seus trabalhadores, respondendo às suas reivindicações e expetativas e, acima de tudo, tratando-os com a dignidade que merecem.
Face à crescente complexidade e exigência na limpeza da freguesia, é imperioso contratar mais trabalhadores, além de dotar o serviço público de higiene urbana de mais e melhores meios mecânicos. Só por este caminho se garantem também os direitos a serviços públicos de qualidade de todos os que vivem, trabalham ou visitam a freguesia da Misericórdia.
A greve decidida pelos cantoneiros da Freguesia para 14 de outubro é assim uma luta que a todos diz respeito! Em defesa dos seus direitos, mas também em defesa de um serviço público de qualidade junto do território e da população da Misericórdia. E a luta não irá parar! O Executivo presidido por Carla Madeira deve reconsiderar a sua posição, respeitando por esta via os direitos dos trabalhadores.