A 10 de março levamos a luta ao voto!
Como todos sabemos, no próximo dia 10 de março realizam-se as eleições legislativas antecipadas. Neste dia será determinante a participação, votando, de todos os trabalhadores do município de Lisboa – da câmara, juntas de freguesia e empresas municipais – na defesa das suas reivindicações, dos seus direitos e expetativas. Em termos amplos, relembramos as reivindicações que devem ter uma resposta no imediato:
- Aumento dos salários em 15%, com um mínimo de 150€ para todos os trabalhadores;
- Aumento do SMN em 2024 para 1.000€;
- Reposição na íntegra do valor do trabalho suplementar (extraordinário);
- Identificação e regulamentação das profissões de desgaste rápido;
- Revogação do SIADAP;
- Aumento do subsídio de almoço para 10,50€ (máximo isento de tributação);
- Reposição dos 25 dias de férias;
- Reposição de 1,5% de quotização para a ADSE, sobre 12 meses.
Exercer o direito de voto e exercê-lo bem, é essencial para garantir melhores condições de vida e de trabalho no futuro próximo. Deve-se relembrar a hipocrisia de partidos e candidatos que durante os últimos anos sempre impediram respostas aos problemas dos trabalhadores e das suas famílias, como o aumento real dos salários e pensões, i.e., acima da taxa de inflação; ou pelo controlo dos preços de serviços e bens essenciais, constrangendo por esta via a especulação e a subida escandalosa dos preços; ou a revogação da “lei dos despejos” (‘Lei Cristas’, governo PSD/CDS-PP) que tantos dramas tem provocado no campo da habitação, ou ainda o investimento urgente no Serviço Nacional de Saúde (SNS), limitando o negócio que o setor privado alimenta com a saúde e a vida dos portugueses.
Na realidade da administração pública, são os mesmos que impediram o combate efetivo à precariedade, impediram a revogação do SIADAP, impediram a identificação e regulamentação das profissões de desgaste rápido, impediram o avanço nas condições de aposentação, impediram a reposição das carreiras, ou impediram o aumento do subsídio de almoço. Impediram ainda a revisão dos suplementos, como o alargamento a mais setores de atividade do suplemento de insalubridade e penosidade, para além do aumento dos seus valores.
Em suma, nestes últimos anos, os que agora tudo prometem, não se escudaram em nenhum momento em travar a resposta a estas urgências, ou seja, votando contra as propostas que iam de encontro às reivindicações e expetativas dos trabalhadores. Para que a memória não nos falhe, os mesmos de sempre são o PS, PSD, IL e CH que, em conjunto ou em separado, de facto contribuíram para o agravamento das condições de vida de quem trabalha. Dizem agora, sem vergonha, uns e outros, que tudo irão resolver…
Exige-se acima de tudo, uma política alternativa que enfrente os interesses dos grandes grupos económicos e que rompa com o caminho do seu favorecimento, numa opção sempre assumida pelo PS, com o apoio do PSD, CDS, CH e IL. As consequências destas opções políticas estão à vista de todos: enquanto os trabalhadores passam por dificuldades e se degradam os serviços públicos e as funções sociais do Estado, com particular destaque para a grave situação que se vive no plano da Habitação, mas também no estado em que se encontra o Serviço Nacional de Saúde (SNS), aumentam os lucros dos grandes grupos económicos, com destaque para a banca privada, sem esquecer as grandes distribuidoras na área da alimentação!
Contrariamente ao que se afirma nos principais órgãos de comunicação social, o que vai estar em jogo no dia 10 de março, é a eleição de 230 deputados e não a escolha de um primeiro-ministro! O que urge também neste dia, é permitir que a Assembleia da República seja composta por mais deputados comprometidos com os interesses dos trabalhadores, cujos valores, ideias e projetos sejam inseparáveis das conquistas de Abril, o mesmo é dizer, comprometidos de facto com o desenvolvimento do país, alavancando melhores perspetivas para uma vida e um futuro dignos.
Por tudo e muito mais, dia 10 de março, urge conduzir a luta de quem trabalha ao voto!