GREVE NA HIGIENE URBANA

Greve ao trabalho normal e trabalho suplementar [extraordinário] de 25 a 31 de dezembro!

Perante as não respostas do Executivo liderado por Carlos Moedas aos problemas que afetam o setor de atividade da higiene urbana, os trabalhadores decidiram nos plenários realizados na última semana de novembro, avançar para uma Greve Geral de dois dias – 26 e 27 de dezembro, com greve ao trabalho suplementar (extraordinário) no período de 25 a 31 de dezembro. Em suma,

Período diurno

 (manhã e tarde)

OBS/Período Diurno Período noturno OBS/Período Noturno

25

(4ªfeira)

Feriado 25 para 26

(4ªfeira para 5ªfeira)

Dia de não trabalho

26

 (5ªfeira)

Trabalho normal 26 para 27

(5ªfeira para 6ªfeira)

Trabalho normal

27

 (6ªfeira)

Trabalho normal 27 para 28

(6ªfeira para sábado)

Trabalho normal

28

(sábado)

Trabalho suplementar 28 para 29

(sábado para domingo)

Trabalho suplementar

29

(domingo)

Trabalho suplementar 29 para 30

(domingo para 2ªfeira)

Trabalho Suplementar

30

(2ªfeira)

Só ao trabalho suplementar 30 para 31

(2ªfeira para 3ªfeira)

Só ao Trabalho suplementar

Aos compromissos assumidos e não cumpridos, somam-se as opções políticas deste Executivo que permitiram abrir portas ao setor privado para a realização de determinas funções associadas ao serviço público de higiene urbana, em todas as dimensões inaceitável.

Em síntese, assiste-se a uma incapacidade da CML em organizar a força de trabalho que tem à sua disposição, além de não responder aos reais problemas que atualmente se vivem na Limpeza Urbana e, por fim, apontando projetos e soluções que priorizam o setor privado como remédio para todos os males, quando a experiência histórica comprova claramente o contrário. Por tudo, a Greve decidida e formalizada pelo STML e STAL, assenta nas seguintes reivindicações:

  1. Cumprimento e respeito pelo acordo celebrado em junho de 2023, sobre:
    • Obras e intervenções nas instalações;
    • Abertura dos espaços de toma de refeições (bares);
    • Sobre os acidentes de trabalho – um trabalhador acidentado só deve regressar ao seu local de trabalho depois de totalmente apto;
    • Respeito pelo direito à conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar (contra a mudança forçada de local de trabalho);
    • Sobre os castigos informais (assédio laboral) que se continuam a verificar;
    • Sobre a correção e reequilíbrio dos circuitos de remoção;
    • Sobre a distribuição equitativa e transparente do trabalho suplementar, que deve ser realizado por todos os trabalhadores disponíveis nesse sentido;
    • Sobre o Plano Anual que de facto contribua para a manutenção e conservação eficiente e eficaz dos meios mecânicos ao serviço deste setor de atividade.
  2. Sobre a afetação, indevida e inaceitável, de CMPVE às UHU. Todos os condutores, sem exceção, estão e devem manter-se afetos às Garagens (NOR). Neste sentido, devem regressar ao seu local de trabalho os quatro CMPVE que se encontram atualmente na UHU da Boavista (3) e na UHU da Filipe da Mata (1);
  3. Pelo regresso ao seu local de trabalho de origem dos cantoneiros forçados a integrar as brigadas criadas para a zona histórica e para os sem-abrigo;
  4. Pela jornada de trabalho de seis horas no SCIP;
  5. Pela resposta ao Memorando Reivindicativo entregue nos Paços do Concelho em maio deste ano, nomeadamente nas matérias relativas à atualização do suplemento de insalubridade e penosidade e o reconhecimento das profissões de desgaste rápido, devendo o Presidente da CML envolver o atual Governo na negociação e resolução destas duas reivindicações;
  6. Respeitar os direitos dos trabalhadores e as normas de saúde e segurança no trabalho, de forma a garantir uma organização do trabalho que salvaguarde a sua saúde e integridade física, diminuindo assim os acidentes de trabalho.
  7. Contra qualquer tentativa de externalizar, concessionar ou privatizar, em parte ou na totalidade, qualquer serviço ou trabalho associado ao serviço público de higiene urbana na CML que se deve manter na integra sob alçada e gestão direta do município de Lisboa.
  8. Pelo urgente investimento público neste sector, nomeadamente na contratação de mais trabalhadores para as várias categorias profissionais, mas também na aquisição de meios mecânicos (camiões e carrinhas) adequados e em quantidade suficiente ao trabalho associado à remoção e ao apoio à remoção.

A luta dos trabalhadores da Higiene Urbana poderá não terminar nesta época do Natal. Caberá em exclusivo ao Executivo Municipal avaliar as suas opções e soluções aos vários problemas que urge resolver. Unidos, organizados e em força!

Exerce os teus Direitos!

Faz Greve e Sindicaliza-te!

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