De modo a desvalorizar os números da adesão dos trabalhadores à Greve Geral de 24 de Novembro, o STML tomou conhecimento da adopção, por parte da Direcção Municipal dos Recursos Humanos e de algumas unidades orgânicas, de estratagemas perniciosos para justificar as faltas dos trabalhadores naquele dia.

Nomeadamente, consideramos inaceitável que a resposta dada àqueles que consultaram os Recursos Humanos nas vésperas da Greve Geral acerca deste dia de luta dos trabalhadores, tenham privilegiado e convidado à marcação de um dia de férias de modo a suplantar a falta.

Nos dias seguintes, alguns dirigentes da CML apontaram como solução, para aqueles que não compareceram ao serviço no dia 24 de Novembro, a marcação posterior, nos livros de ponto de dias de férias ou, cometendo uma ilegalidade evidente, nomeadamente, a assinatura de comparência no posto de trabalho.

Terça-feira, 7 de Dezembro de 2010
14:30 Horas - Junto à Assembleia Municipal de Lisboa
Av. de Roma, 14

Ordem de Trabalhos

• Reestruturação da CML

Nota: Os trabalhadores têm dispensa, ao abrigo da lei sindical, entre as 13:30 e as 18:00 horas

Neste dia será colocada à consideração dos deputados municipais a proposta do actual executivo que prevê o desmantelamento de importantes serviços públicos municipais, como a limpeza urbana, as oficinas de reparação e manutenção mecânica, do saneamento, da gestão de equipamentos culturais e desportivos, através da sua externalização = privatização!

Relembramos que a proposta do Presidente António Costa foi votada em sessão de câmara no passado dia 26 de Novembro. Nesse mesmo dia, centenas de trabalhadores marcaram presença nos Paços do Concelho, num claro sinal de descontentamento e repúdio face às intenções do Presidente da CML.

A luta tem agora que continuar junto do órgão máximo com competência para aprovar ou chumbar esta mesma proposta, falamos claro está, da Assembleia Municipal de Lisboa.

O envolvimento e a participação de todos os trabalhadores do município de Lisboa é imprescindível se, efectivamente, pretendemos travar este processo de destruição dos serviços públicos municipais, além da extinção de milhares de postos de trabalho que lhe está implícita.

Face à carta/informação que o presidente da CML fez chegar a todos os trabalhadores em conjunto com o respectivo recibo de vencimento, o STML julga pertinente e importante esclarecer e repor a verdade sobre um conjunto de matérias envolvendo o actual processo de reestruturação e reorganização dos serviços municipais!

Neste sentido, é importante ter em consideração o seguinte:

Os trabalhadores do DRMM, tendo tomado conhecimento por via das reuniões efectuadas pelo STML neste local de trabalho, da existência de uma proposta incluída no processo em discussão que decorre na CML quanto a uma nova orgânica dos Serviços Municipais, que aponta no sentido da extinção do Departamento de Reparação e Manutenção Mecânica (DRMM), e a sua redução a uma mera Divisão dependente do Departamento de Higiene Urbana, que por sua vez se indica como "externalizável", manifestam desde já o seu mais vivo protesto e indignação, por terem sido totalmente mantidos à margem da discussão desta matéria de decisiva importância para o seu futuro profissional

Consideram, inaceitável a extinção deste Departamento, enquanto unidade organica que desempenha funções transversais, de suporte a todos os Serviços Municipais, no domínio da disponibilização de transportes gerais e especiais, incluindo a gestão das suas oficinas de apoio. Tal proposta, configura a destruição destes importantes Serviços Municipais e é, em nosso entender, o culminar de um processo há muito iniciado, e que incessantemente os trabalhadores do DRMM têm vindo a denunciar, quer no que respeita ao quebrar da sua organização e cultura internas que os haviam prestigiado perante a generalidade dos Serviços Municipais, quer quanto à sua gestão manifestamente incompetente que conduziu a uma grave crise de motivação dos trabalhadores.