Os trabalhadores assistentes de bilheteira da empresa municipal EGEAC afirmam a sua disponibilidade para a participação no Dia Nacional de Luta convocado pela CGTP-IN para 28 de junho, com concentração às 15h00 no Cais do Sodré e deslocação para a Assembleia das República. Concretamente, expressam:

“Nós, as bilheteiras dos Teatros e Cinema Municipais da EGEAC, vimos por este meio comunicar a nossa vontade conjunta de participarmos nas ações do “Dia Nacional de Luta – Aumentar Salários, Garantir Direitos, contra o aumento do custo de vida, pelo direito à saúde e à habitação”, convocada pela CGTP -IN para o próximo dia 28 de junho.

Esta ação conjunta visa a concordância e solidariedade pelos objetivos já apresentados nos pré-avisos de greve, dos quais muitos deles são objetivos que partilhamos com os restantes trabalhadores, querendo nós acrescentar outra reivindicação muito própria da realidade setorial onde estamos inseridos, nomeadamente:

O reconhecimento laboral por parte do Conselho de Administração da EGEAC de todo o trabalho relativo a funções de técnicos, que temos vindo a desenvolver ativamente desde o dia 1 de julho o de 2022, perante a alteração e uniformização do sistema de bilhética. Esse reconhecimento sendo manifestamente sincero deverá ser negociado com o sindicato e os trabalhadores visados.”

O STML solidariza-se com a luta destes trabalhadores, sabendo que só pela união e pela luta organizada dos trabalhadores será possível obter respostas às suas revindicações e expetativas, mais do que justas e legítimas!

Proposta de Acordo da CML com o STML e STAL não responde satisfatoriamente aos problemas expressos no Caderno Reivindicativo dos Trabalhadores da Higiene Urbana - A Greve Parcial de 26 a 30 de junho mantém-se!

Em maio de 2022, os trabalhadores da limpeza e higiene urbana do município de Lisboa entregaram ao Presidente Carlos Moedas os seus Cadernos Reivindicativos. Contudo, passado pouco mais de um ano e apesar de várias reuniões entre STML e STAL e os responsáveis políticos e hierárquicos do município, muitas são as reivindicações sem as respostas pretendidas pelos trabalhadores, além de muitos outros problemas que se agravaram ou emergiram nos últimos meses.

Se a greve parcial agora decretada exige em termos gerais respostas sérias aos inúmeros problemas e reivindicações expressos nos referidos Cadernos Reivindicativos, é oportuno destacar algumas das matérias que preocupam e constrangem diariamente os trabalhadores, associando a cada temática as respostas positivas, mas ainda insuficientes, que a CML apresentou aos sindicatos nas reuniões de 15 e 22 de junho. Assim:

• Urge assumir e respeitar o princípio de que um trabalhador acidentado só deve regressar ao serviço depois de totalmente apto.

Concordando com o princípio defendido pelos sindicatos, na prática, a CML não apresenta respostas e soluções coerentes.

STML reúne com o Conselho de Administração (CA)

Por solicitação da EGEAC, o STML reuniu a 21 de junho com a Administração da empresa propositando conhecer o modelo de gestão que estará na base do futuro sistema de avaliação de desempenho.

O Sindicato foi informado que este modelo será dado a conhecer à Comissão de Trabalhadores (CT), aos Dirigentes e depois a todos os trabalhadores, numa fase em que ainda se recolhem contributos e se avaliam melhorias.

Salvaguardando uma análise mais fina por parte do STML, que deverá ser alvo de debate e aprofundamento com os próprios trabalhadores da empresa, considerando ser a parte mais interessada neste processo, podemos afirmar nesta fase, ainda prematura e em linhas gerais, que as premissas do futuro sistema de avaliação de desempenho assentam em quatro níveis avaliativos, nomeadamente e de forma crescente, no nível 1-Insuficiente, nível 2-Suficiente, nível 3-Bom e nível 4-Excelente. A avaliação prevê-se em moldes anuais e duas avaliações positivas (dois anos) permitem a progressão na carreira para o nível seguinte da respetiva tabela remuneratória.

Aos Trabalhadores do município de Lisboa:

Câmara Municipal, Juntas de Freguesia e Empresas Municipais

Concentração às 15h00 no Cais do Sodré, com manifestação até à Assembleia da República! Pré-aviso de greve das 12h00 às 21h00. 

O governo do PS deve dar resposta aos anseios da população em geral, às reivindicações dos trabalhadores, recusar imposições da UE e a diminuição de direitos e condições de vida. O que o país precisa, é de políticas que reduzam as desigualdades, exclusões e discriminações através de uma justa distribuição da riqueza.

É preciso uma política alternativa, que distribua a riqueza de forma justa, que respeite e valorize o trabalho e os trabalhadores, que promova o aumento da produção nacional, que recupere para o Estado as empresas e sectores estratégicos, que defenda e invista nos serviços públicos e nas funções sociais do Estado.

É urgente o aumento geral dos salários e pensões, pôr fim à especulação que beneficia os grandes grupos económicos, controlar e reduzir os preços de bens e serviços essenciais, taxar os lucros das grandes empresas, reforçar o investimento nos serviços públicos e funções sociais do Estado e alterar o rumo da política que tem vindo a ser seguida e que empurra um número crescente de trabalhadores para a pobreza.